Lideranças empresariais cobram agilidade nas obras do Aeroporto Regional de Correia Pinto

Segundo o Secretário de Infraestrutura de Santa Catarina, João Carlos Ecker, até dezembro todas as obras físicas do local, serão concluídas

Uma comitiva de empresários de Lages, Rio do Sul e Correia Pinto, estiveram em Florianópolis na quinta feira, 10/09, para uma reunião com o Secretário de Estado de Infraestrutura, João Carlos Ecker. Na pauta da reunião estava o Aeroporto Regional de Correia Pinto.

A construção deste aeroporto já se arrasta por 18 anos, sendo que nesse meio tempo foi construído e já está em operação o Aeroporto de Jaguaruna, na região sul. Esse fato motivou as lideranças a pressionarem o Governo para a conclusão das obras e homologação do aeroporto.

O secretário Ecker assumiu o compromisso de que o Aeroporto Regional do Planalto Serrano irá receber voos comerciais ainda no primeiro semestre de 2016. Expôs também um check-list  com as intervenções obrigatórias para que o aeroporto possa receber a homologação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), inicialmente para voos visuais, são elas a adequação da cerca que delimita o sítio aeroportuário e da sinalização horizontal da pista de pousos e decolagens, além do asfaltamento da via que liga a pista e a Seção Contra Incêndios. Este pedido deve ser protocolado hoje, 14/09, na ANAC.

O Governo também está preparando um documento, que deve ser concluído ainda em setembro, para poder solicitar a homologação no Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta II). Este documento é o Plano de Zona de Proteção, que irá regulamentar e organizar o uso do solo nas áreas circunvizinhas ao aeroporto.

Segundo o diretor de Transportes da Secretaria de Infraestrutura, José Carlos Muller Filho, serão necessários ainda a instalação da rede lógica, de telefonia, de um gerador de subestação, além de móveis e outros equipamentos no Terminal de Passageiros. Entretanto, o secretário Ecker, garantiu que os recursos para estas intervenções só estarão disponíveis para o orçamento de 2016.

Com relação as obras de ligação entre o aeroporto e a BR-116, Muller informou que estão praticamente paradas em função do atraso nos repasses de recursos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) à empreiteira, no valor aproximado de R$ 1,9 milhão. Informou ainda que existe outro convênio, no valor R$ 1,2 milhão e que é fundamental para a instalação dos instrumentos de auxílio à navegação, necessários para a homologação posterior para voos por instrumentos, que está parado na Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC).

Uma audiência com o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, será solicitada ainda este mês, para tentar superar estes obstáculos. Na ocasião, a comitiva de empresários deverá reivindicar ainda a compra do caminhão AP-2 de combate a incêndio, cujo investimento pode chegar a R$ 1,8 milhão. Com o carro de combate a incêndios o Aeroporto Regional do Planalto Serrano deve ser homologado para categoria 5, possibilitando a operação de aeronaves como o Boeing 737-700.  

Um assunto que gerou divergências entre a equipe técnica do Estado e as lideranças presentes à reunião foi a instalação do Sistema de Pouso por Instrumentos (ILS). Para o diretor da Secretaria de Infraestrutura este seria um passo muito grande para um aeroporto que ainda não está homologado. Para o presidente do SIMMMEL, Celso Marcolin, o ILS deve ser reivindicado desde já para que não haja interrupções nos voos. A estimativa é de que o equipamento instalado custe mais de R$ 8 milhões.

 

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