A diretoria da Acil recebeu, na última segunda-feira (27/10), a visita de Denivart Cruz, general da reserva, que vive na China e está passando uns dias em Lages com a família. Ele contou um pouco sobre o país que é a segunda maior potência mundial e responde por um PIB de 7,3 trilhões e renda per capita de 8.395 dólares.
Denivart é casado com uma intérprete chinesa que fala português. Na China ele presta serviços para empresários brasileiros que desejam importar produtos de lá. É anticomunista, e em 1995 o destino o levou a fazer um curso de política militar na China, onde começou a entender melhor sobre a economia do país. “Já naquela época, os chineses estavam descontentes com o único polo econômico mundial, comandado pelos EUA. Por isso, na tentativa de equilibrar o poder, criaram o Brics, formado inicialmente por Brasil, Russia, India e China”, comenta ele que destaca ainda sobre a preocupação que o país tem de não ser “odiado” pelo resto do mundo pelo poderio econômico tal como os EUA.
Foi depois da adoção da economia mista, ou seja, quando o governo Chinês abriu parte do comunismo para o capitalismo, que a China começou a vislumbrar grandes índices de crescimento econômico no país. “O governo de lá trabalha em função do povo e o povo é feliz”, declara Denivart. Sobre o sistema de governo que impera, a forma de dinastia, ele conta a corrupção também existe, no entanto, quando o indivíduo é pego ele sofre pena de morte e a família do réu ainda é a responsável por pagar a bala que vai matar o sujeito.
Negociando com chineses
Ele também deu algumas dicas a serem observadas na hora de uma negociação com chineses. Denivart alerta que a regra geral é procurar o benefício comum e lucro compartilhado. Isso não significa que eles não gostem de tirar um pouco de vantagem. “O Chinês considera uma esperteza positiva tirar um pouco de vantagem do outro, como entregar parte da carga com a mercadoria trocada”. É preciso atenção e cuidado para negociar com eles.
É fundamental respeitar a ordem hierárquica e prezar pela boa educação. O Chinês não é objetivo como o brasileiro, eles prezam muito pelas relações interpessoais. Por isso, normalmente, os negócios são fechados depois de longas horas de conversa e após um bom jantar e vários drinks nos restaurantes.
Como sugestão de leitura ele deixou o livro “A arte da Guerra”, que conta em 13 capítulos sobre a filosofia que move os chineses, inclusive no quesito negócios.