A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (24) um aumento de 42,8% para o valor do patamar 2 da bandeira tarifária vermelha. Com o reajuste, a taxa extra cobrada nas contas de luz quando essa bandeira é acionada passará de R$ 3,50 para R$ 5,00 a cada 100 kWh consumidos.
Segundo a decisão da Aneel, o novo valor passará a valer já a partir de novembro. Entretanto, se trata de uma proposta que passará por audiência pública e poderá ser alterada em uma votação posterior à audiência.
Para o vice-presidente de Infraestrutura da FACISC, André Gaidzinski, a medida de mudança de regime tarifário vem na contramão do que a economia precisa para voltar a crescer neste momento. “Nos últimos três anos, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) calculado pelo IBGE, o custo da energia elétrica aumentou 67,1% enquanto o próprio índice que mensura a inflação acumulou 27,4%, ou seja, 2,45 vezes a mais do que o próprio aumento do custo de vida dos consumidores”, argumenta.
Na avaliação do empresário, “o custo de energia elétrica tem um impacto significativo tanto direto como indireto para as empresas e consumidores, pois este custo está relacionado à formação de preços, sendo que, quanto mais alto for o custo do insumo, maiores serão também os reajustes sobre os preços em geral. Desta forma, o impacto desta mudança é prejudicar as empresas e a sociedade como um todo na medida em que onera cada vez mais o contribuinte, algo que não se pode aceitar em quietude”, pontua Gaidzinski.