A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina – FACISC considera justos os motivos pelos quais os caminhoneiros realizam a greve que já começa a ecoar por todo o Estado, mas está preocupada com os prejuízos que já começam a aparecer. Além dos produtores de perecíveis que são prejudicados imediatamente, o abastecimento nas cidades do Oeste já começou a refletir na população e chega às empresas dos mais diversos segmentos.
Para o presidente da FACISC, Ernesto Reck, lutar contra o aumento de combustíveis, pela melhoria das rodovias,e pelos valores dos pedágios é digno, mas é preciso pensar no efeito que isso gera em toda a economia. “A falta de abastecimento nas indústrias gera um efeito negativo sobre toda a cadeia produtiva. Num momento extremamente delicado de retração que estamos atravessando não podemos parar a produção por falta de insumos”, detalhou.
Vice-presidente da FACISC para o setor de agronegócios, Vincenzo Francesco Mastrogiacomo, destaca que ninguém é contra o movimento. As causas são justas, mas a greve está afetando toda a cadeia produtiva, mas principalmente os produtores de leite e frango e também as indústrias deste setor que não recebem os produtos. “Acreditamos que deve haver diálogo com firmeza para que as autoridades olhem para os problemas. Está na hora das autoridades sentarem e ver o que pode ser feito resolver esta situação. Mas o movimento tem que ter uma pauta de reivindicações e a população não pode sofrer por causa disso”, pontua Vincenzo.