Diretora do Hospital Teresa Ramos dá esclarecimentos aos empresários da ACIL sobre a suposta falta de leitos na unidade

O excesso de pacientes no Pronto Atendimento Tito Bianchini a espera de um leito e o fechamento do quinto andar do Hospital Teresa Ramos, foram pauta da reunião da diretoria da Associação Empresarial de Lages, realizada nesta segunda feira, 29 de abril. Atendendo a um convite dos empresários, a diretora do hospital, Andreia Maria Berto, e a gerente de enfermagem, Maiura Rosa, participaram da reunião, ocasião em que deram esclarecimentos a cerca deste assunto tão polêmico.

Desde que assumiu a direção do Hospital Teresa Ramos em fevereiro passado, o objetivo Andreia Maria Berto tem sido reorganizar a estrutura do hospital para um melhor aproveitamento dos espaços e, assim, disponibilizar mais leitos e otimizar os serviços oferecidos no hospital. Com relação aos leitos hospitalares, ela esclareceu que quando se tem um leito vago, o mesmo é disponibilizado para a Central de Regulação, que verifica a realidade de todos os pacientes e os encaminha de acordo com a gravidade do caso e com a vaga disponível, ou seja, o paciente pode ir do Pronto Atendimento ou de qualquer hospital da região, não é o hospital que define para quem será o leito.

A diretora explicou que no quinto andar haviam 13 leitos que funcionavam, basicamente, para receber pacientes que saiam da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Além da grande ociosidade desses leitos, os pacientes que eram levados para lá eram denominados com necessidade de isolamento. “Ao conversar com a equipe da UTI, descobriu-se que não havia essa necessidade. Temos dois leitos na UTI que são isolados, se saem de lá precisam ir para o quarto de isolamento, que precisa ter todo uma preparação para atendê-los. Estávamos usando para uma finalidade que não era necessária”, complementou. “Foi quando começamos a fazer algumas movimentações e saiu que estávamos fechando o quinto andar. Na verdade o que nós queríamos era organizar a disposição dos pacientes. Haviam muitos pacientes ocupando leitos na ala clínica quando deveriam estar na ala oncológica ou cirúrgica, e quando iam para a ala clinica eu não tinha leitos para pacientes que estavam no pronto socorro ou nos hospitais da região”, ressaltou. Com as readequações realizadas foi possível remanejar os 13 leitos do quinto andar, passando-os para o terceiro andar, onde foram abertas várias salas que eram utilizadas para café, repouso, conveniência, e foram deslocadas para outros locais.

A proposta inicial era transformar os leitos do quinto andar em Hospital Dia, porém o SUS preconiza que o paciente precisa ficar no mínimo 24 horas internado para realizar o pagamento, mas como em alguns casos não há essa necessidade, optou-se por transformar oito leitos em leitos de curta permanência. Outra demanda grande era de cirurgias que necessitavam de dois dias de internamento. Com espaço físico no quinto andar e contingente disponível, foram colocados oito leitos para essas cirurgias. E por fim, foram criados mais dois leitos de isolamento. “Hoje o hospital está com o quinto andar aberto e com 18 leitos a mais que antes. Nunca tivemos tantos leitos abertos, a não ser quando tinha convênio, mas disponível pelo SUS é a primeira vez. Em momento algum, disponibilizamos menos leitos do que tinha antes”, finalizou ela.

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