A Serra Catarinense possui um grande potencial hídrico passível de exploração sustentável, através da geração de energia renovável para suprir a crescente demanda. Diante disto, a Associação Empresarial de Lages, apoiadora dos projetos ligados ao desenvolvimento de Lages e região, promoveu na tarde desta segunda-feira, 05 de julho, em seu auditório, uma reunião técnica para conhecer a situação atual e impulsionar a execução da Usina Hidrelétrica Paiquerê e de Pequenas Usinas Hidrelétricas (PCHs) na região de Lages.
A engenheira Priscila Pessini, da empresa Estelar, apresentou o andamento da revisão dos estudos de inventário hidrelétrico do Rio Pelotas para implantação da Usina Hidrelétrica Paiquerê, que tem como objetivo reduzir os impactos socioambientais identificados no processo ambiental. Entre as diversas alternativas estudadas, a que foi selecionada representa uma preservação de 87% de vegetação nativa comparada ao estudo inicial, o qual teve sua licença prévia indeferida em 2013. Este estudo também priorizou a não inundação do sítio arqueológico Passo de Santa Vitória.
Em seguida, Gustavo Plieski, do Grupo H2O, apresentou os dados referentes a implantação das PCH Malacara, PCH Gamba, PCH Antoninha e PCH São Matheus ao longo do Rio Lava Tudo, que deverão produzir uma média de 36,94 MW, com um investimento total de pouco mais de R$ 420 milhões. Estas PCH’s estão aguardo a aprovação das licenças ambientais, que já estão protocoladas no Instituto do Meio Ambiente (IMA).
O procurador da República em Lages, Dr. Nazareno Jorgealem Wolff destacou a importância destes projetos para Lages, visto que a situação da energia no município é temerária. Sugeriu que se mantenha uma melhor interlocução entre as empresas que estão a frente destes projetos, os órgãos públicos e as entidades empresariais, para evitar possíveis entraves na implantação dos projetos.
Em sua fala, o presidente da ACIL, Carlos Eduardo de Liz, destacou a importância destes projetos para nossa região. “A Serra Catarinense é a fronteira do desenvolvimento e com essa retomada da economia precisaremos muito mais dessa energia limpa. É preciso prevenir um apagão futuro”.