Fórum das Entidades faz reunião para tratar sobre emprego e qualificação de mão de obra

A falta de mão de obra qualificada tem preocupado os empresários que tem encontrado dificuldade de preencher vagas em suas empresas. Para entender o que está havendo e tentar resolver esta questão, o Fórum das Entidades realizou nesta terça feira, 13/11, no Sest Senat, uma reunião com o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Mario Hoeller de Souza; o gerente regional do Trabalho e Emprego, Silvio da Luz Córdova; gerente do Sest Senat, Renato Macedo; e as representantes do Sine, Marlene Santos Silva e Kelly Aparecida Souza.
O coordenador do Fórum, Celso Marcolin, comentou que há uma grande dificuldade de se encontrar mão de obra, mesmo que para executar serviços simples como de jardineiro ou de faxineira. “Em Lages tem mais de 6 mil pessoas desempregadas, mas quando precisamos não encontramos ninguém qualificado. Em Lages faltam 350 motoristas, com um salário médio de 3 a 4 mil reais mensais e não se encontra ninguém. As entidades responsáveis não estão conversando entre si, precisamos unir forças para preparar e direcionar esse pessoal para ocupar uma vaga”, explicou ele.
De acordo com Kelly, o Sine trabalha com a intermediação da mão de obra e o seguro desemprego, porém a maior dificuldade encontrada é que são pouquíssimas as vagas cadastradas pelas empresas. “Se a pessoa vai dar entrada no seguro desemprego e tem uma vaga cadastrada, compatível com o perfil da pessoa nós fazemos o encaminhamento, mas nós temos pouquíssimas vagas porque as empresas não cadastram estas vagas, porque acham muito burocrático o sistema do Sine”, falou.
A questão do seguro desemprego, que é um direito do trabalhador, que atende aos requisitos legais, também causa muita preocupação, devido a quantidade de pedidos. Kelly relatou que tiveram que limitar a 45 senhas por dia, porque senão não dão conta de atender a todos, “se deixarmos atendemos apenas pedido de seguro desemprego”.
Segundo o secretário de desenvolvimento, o Sine e o Banco do Emprego haviam feito um ajuste pra trabalharem juntos, porém a Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) não quis ceder os veículos do Sine para que parceria fosse efetivada. Sobre os trabalhos realizados pelo Banco do Emprego, Mario Hoeller informou que em 2018, o programa Qualifica Mais já atendeu 2.520 pessoas, em diversas áreas. “Percebemos que para as pessoas participarem dos cursos, a carga horária deve ser de curta duração, no máximo 20 horas, sendo assim mais atrativo e motivando para a realização de novos cursos. A participação nos cursos cresceu de 375 pessoas em 2017 para mais de 2 mil neste ano”, destacou ele. Para ele, a solução para a qualificação da mão de obra está no convencimento dos empresários em capacitar seus funcionários sem medo de que irão trabalhar em outra empresa depois. “É preciso criar uma motivação para o cidadão”, completou Silvio da Luz Córdova, gerente regional do Trabalho e Emprego.
Já o presidente do CDL, Marcos Tortelli, destacou o bom momento em que estamos vivenciando e a necessidade de todos trabalharem juntos e sugeriu formatar uma carta padrão para os empresários esclarecendo sobre a importância de cadastrar suas vagas no Sine. “Quando todo mundo quer a coisa acontece”, enfatizou ele.

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