Desde sua criação em 2012, o OSL tem realizado o acompanhamento dos editais de licitação da Prefeitura e da Câmara de Vereadores de Lages, bem como, acompanhado informações no Portal da Transparência. Com esse trabalho já conseguiu identificar diversas divergências nas informações e erros de digitação e assim evitar gastos desnecessários dos recursos públicos.
A diretoria da Associação Empresarial de Lages (ACIL) recebeu na reunião desta segunda-feira, 29/10, o presidente do Observatório Social de Lages (OSL), Fabiano e Ventura e o voluntário Sergio Dalagnol, que fizeram um relato das atividades realizadas nos últimos meses.
Dentre elas, Ventura destacou o edital em que a empresa venceu o certame no valor de R$ 1.768.500,00, porém o somatório dos contratos realizados totalizavam R$ 2.995.500,00. Ao ser notificada sobre a diferença a Prefeitura identificou a duplicidade de um dos contratos, o qual foi cancelado. Outro dado identificado pelo OSL foi a compra de peças para manutenção de equipamentos, da empresa Roagri Comércio Varejista de Peças, Serviços e Locação de Máquinas Eireli, cujo proprietário é funcionário da Fundação Municipal de Esportes. Segundo Ventura, após essa identificação foi instaurado um processo administrativo para apurar o caso.
O voluntário Sergio Dalagnol, que acompanha a entrega de diversos produtos, contou que são encontradas diversas divergências, principalmente na quantidade e qualidade dos materiais, como por exemplo papel higiênico com metragem diferente da que foi adquirida, produtos alimentícios com má qualidade.
O que mais chamou a atenção foi a informação repassada sobre a carne moída adquirida para merenda escolar, que ao passar por um exame histológico foi identificado que apenas 50% era carne de patinho, o restante era formado por produtos de menor valor comercial. “O produto não é prejudicial à saúde, mas não corresponde ao que foi contrato pelo edital de licitação. Após esse exame a empresa passou a entregar o produto correto”, explicou.
O presidente do OSL informou ainda que a sede da entidade vai ser transferida para uma sala da Uniplac. “É uma oportunidade de aproximar o Observatório da comunidade acadêmica, facilitando o acesso e captação de voluntários e estagiários, além da redução de custos com aluguel, luz e internet”, finalizou.