O comandante do 6º Batalhão da Policia Militar (BPM), Tenente Coronel Alfredo Nogueira dos Santos participou da reunião da diretoria da Associação Empresarial de Lages (ACIL) nesta segunda feira, 04/06, ocasião em que esclareceu a polêmica em torno da liberação da gasolina para alguns postos da rede Ipiranga, no dia 28/05, durante a paralisação dos caminhoneiros.
O comandante explicou que foram horas de negociação, entre oficias da Polícia Militar e lideranças locais do movimento, para liberação de combustível para a população. “Em momento algum as negociações foram direcionadas para favorecer determinada bandeira de posto. A princípio seria liberado o combustível da marca Shell, mas por exigência dos representantes do movimento, de que um dos postos a receber o combustível fosse o Posto Ampessam (da Rede Ipiranga), por ser o local onde estava a principal concentração do movimento em Lages. Devido a logística, que obrigava que os quatro postos fossem da mesma bandeira, a marca liberada foi Ipiranga”, disse ele. Os demais postos foram definidos pela Policia Militar e as lideranças do movimento por estarem localizados estrategicamente de forma a atender todas as regiões da cidades.
Na “segunda feira da crise” (28/05), foram liberados 120 mil litros de combustível para a população, tudo com acompanhamento da Policia Militar, desde a escolta até a garantia da Lei da Ordem no posto. “Não consigo compreender que esse tipo de conversa comece a questionar a lisura do processo que a Policia Militar encaminhou para que a população tivesse acesso a 120 mil litros combustível. Somente Lages teve acesso ao combustível naquela segunda feira, nenhuma outra cidade teve. Então o mérito é dos meus oficiais que conseguiram negociar com eles”, declarou o Tenente Coronel Alfredo.
Ainda segundo informações repassadas pelo comandante o 6º BPM realizou 35 escoltas só na região de Lages. Foram escoltados material químico para tratamento da água em diversas cidades, óleo diesel para o Hospital Teresa Ramos e, inclusive, córnea que foi levada de Lages para um Hospital em Florianópolis. A Policia Militar fez mais de 300 escoltas pelo estado pra fazer rodar o essencial. “Foi um momento de crise, que graças a Deus passou. Que a gente tenha algum aprendizado disso tudo”, finalizou ele.