No último sábado (03/06), os integrantes da Acil Jovem, em parceria com o Ministério Público, o Observatório Social e a CDL Jovem, realizaram mais uma ação do Feirão do Imposto. Os jovens montaram uma tenda na Praça João Costa e conversaram com a população sobre a alta carga tributária inserida em produtos e serviços e divulgaram a campanha Chega de mão grande, lema do Feirão deste ano contra a corrupção e a favor do retorno dos impostos.
No estante montado ao lado da Banca Central, eles explicaram para quem passava por ali sobre as taxas de impostos aplicadas em bens de consumo como água, gasolina, refrigerante, desodorante. No litro da gasolina, por exemplo, 56% do valor é imposto, ou seja, ao preço de R$ 3,70/L, paga-se R$ 1,63 somente de imposto.
De acordo com o coordenador do Feirão em Lages, Leonardo Beda Bueno, estima-se que no Brasil são desviados, por ano, cerca de 200 bilhões de reais devido à corrupção. Isso significa três vezes o orçamento da saúde ou educação e cinco vezes o da segurança pública.
Uma tela conectada em tempo real ao site Impostômetro (www.impostometro.com.br) também ajudou na conscientização. Em números, foi possível demonstrar o quanto a população já pagou de imposto do primeiro do ano até hoje. “Se a gente pagasse impostos e tivesse retorno adequado dos serviços públicos que a gente recebe, tudo bem, mas a gente não tem isso. Então o intuito é mobilizar a população para entender que a gente tem que pagar, mas a gente quer receber de maneira adequada”, explicou Bueno.
Referente às ações contra a corrupção, os jovens expuseram na praça o resultado de uma ação realizada no Lages Garden Shopping. Para testar o nível de honestidade das pessoas, durante esta semana, um quiosque chamado de honestômetro foi montado com 324 trufas. Sem ninguém cuidando, as pessoas poderiam pegar o doce e deixar os dois reais em uma urna. O resultado mostrou que das 324 trufas consumidas, 311 foram pagas, 10 não foram pagas e três foram pagas com valor inferior ao preço informado. Em percentuais significa que 4,1% das pessoas foram corruptas. “É um valor baixo, mas com o que estamos vendo nos noticiários diariamente, esse número deveria ser zero”, concluiu Bueno.