Quem circulou pelo Shopinhão, no último fim de semana dentro da Festa Nacional do Pinhão, conferiu o Feirão do Imposto no último sábado (21/05). O evento, promovido pela Confederação Nacional dos Jovens Empreendedores (Conaj), Conselho Estadual de Jovens Empreendedores de Santa Catarina (Cejesc), e o Núcleo Jovem Empreendedor da Acil Lages, tem como objetivo conscientizar a população sobre a alta carga tributária do país.
O evento é realizado anualmente, no dia 21 de maio, o Dia da Liberdade de Impostos. “Simbolicamente, até esta data, a população trabalha apenas para pagar impostos. A partir deste dia é que começa a ganhar dinheiro”, explica o presidente do Núcleo Jovem Empreendedor da Acil Lages, Malek Dabbous. Segundo ele, foram realizadas diversas ações sobre o tema em Lages, e o feirão foi o ápice do evento.
Malek ressalta que a maior tributação no Brasil é sobre os bens e produtos de consumo, como a cesta básica, o açúcar, a gasolina e a luz. O objetivo é conscientizar as pessoas, para que cobrem um retorno dos impostos. Segundo o coordenador da Acil Jovem, o mote da campanha é o “bumerangue do imposto, o único que vai e não volta”. “A gente não é contra o imposto, a arrecadação é necessária para manter o país. O problema é a corrupção, a ineficiência e a falta de investimentos adequados deste dinheiro público,” destaca ele.
Para chamar a atenção, o Núcleo Jovem da Acil contou com a participação do Pesadinho, mascote da Fecomércio/SC que representa, simbolicamente, o “inchaço” tributário do país. O mascote circulou pelo parque, durante a noite de sábado.
Para o coordenador do Feirão, Vinícius Nuernberg Borges, realizar o evento dentro da festa do Pinhão é uma excelente oportunidade devido a grande quantidade de pessoas que circulam pelo evento. Ele ressalta que, atualmente, 36% das riquezas produzidas em um ano retornam em impostos para o governo federal.
Borges destaca que o Brasil é o sétimo país do mundo em arrecadação de impostos e o último colocado quando o assunto é o retorno destes tributos, se comparado ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). “A gente paga impostos igual ao de países desenvolvidos, mas tem um retorno muito a baixo disto,” completa.
O Feirão do Imposto surgiu em Joinville, no ano de 2003. Com o passar dos anos, foi crescendo e, por meio do Conaj, se transformou em um evento nacional. Hoje acontece em 21estados e mais de 120 municípios brasileiros.