O Aeroporto de Lages poderá operar voos comerciais para São Paulo, a partir de janeiro de 2016. A confirmação foi feita pelo ministro da Secretaria da Aviação Civil, Eliseu Padilha, na quarta-feira, 21, durante uma reunião em Brasília com uma comitiva de autoridades catarinenses.
O grupo formado pelos prefeitos Elizeu Matos de Lages, Vânio Forster de Correia Pinto, os vereadores José Thomé de Rio do Sul e Adilson Appolinário presidente da Câmara de Vereadores de Lages, e pelos empresários membros da Comissão Pró Voo Regional da ACIL Anderson de Souza, Geovani Fornari e Luiz Figueiredo foram até a capital federal solicitar a autorização das operações de voos comerciais em Lages, até que as obras do aeroporto regional de Correia Pinto estejam concluídas.
O pedido foi atendido pela esfera federal, mas para garantir o início das operações ainda devem ser solucionadas algumas pendências, como a aquisição de um equipamento de raios X e de um caminhão de bombeiros para combate a incêndio. Na reunião em Brasília, ficou definido que o caminhão que custa R$ 1,8 milhão fará parte de um convênio com o governo federal, através da Aviação Civil, que irá doar o veículo. Quando o Aeroporto Regional for inaugurado, o caminhão deverá ser deslocado para Correia Pinto. De acordo com Klaus Klinger, gestor do aeroporto federal Antônio Correia Pinto de Macedo, o barracão da empresa de alimentos frios instalada às margens da BR-282, em frente ao trevo de acesso ao aeroporto, já está em processo de desmanche. Com a retirada da estrutura, o aeroporto voltará a ter o recuo de cabeceira de 260 metros para pousos, conforme determina a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Os trabalhos devem ser concluídos até o final desse ano. A empresa Azul Linhas Aéreas já demonstrou o interesse em operar voos diários até São Paulo, com uma aeronave modelo ATR-72 e capacidade de 70 lugares.
Para o presidente da ACIL, Luiz Spuldaro é crucial a realização de voos diários de Lages a São Paulo. “É para lá que se deslocam os dirigentes dos maiores empreendimentos de Lages e da Serra, além dos líderes políticos que se deslocam até Brasília para comunicar demandas e reivindicar recursos para obras públicas”, destaca.
Para ele, essa é a melhor saída para a cidade não ficar desamparada até que Correia Pinto esteja liberado e funcionando, mesmo que haja uma transferência de voos posteriormente. Ele salienta que primeiramente é imprescindível criar-se uma cultura em Lages de utilizar o avião como meio de deslocamento. “A procura que recebemos na ACIL é estrondosa. Não somente os empresários têm de viajar, mas nossos fornecedores e clientes também desejam nos visitar. Esta é uma questão de comunicação, negócios e desenvolvimento”, afirma.