O Fórum das Entidades Empresariais, realizou pesquisa sobre o recebimento de atestados médicos entre as empresas lageanas no período de novembro de 2014 a fevereiro de 2015. Das 134 empresas contatadas apenas 29 responderam a enquete. O questionário foi enviado por email e posteriormente foram realizadas ligações telefônicas para a confirmação dos dados.
Vinte e nove empresas optaram por responder, sendo que dessas apenas 2 alegaram não ter recebido atestados médicos no período englobado pela pesquisa. Foram realizadas sete perguntas e levantou-se que as 29 empresas pesquisadas possuem um quadro de funcionários que oscila entre 28 e 360 colaboradores.
O resultado apurou o recebimento de 1277 atestados que acabaram gerando 2506 dias de afastamento. Se considerarmos apenas as 27 empresas que alegaram ter recebido as justificativas médicas, são 47 atestados por empresa no período, ou seja, quase 12 atestados por mês que geraram 23 dias de afastamento por mês por empresa. Isso significa dizer que cada empresa precisa ter um funcionário adicional somente para cobrir as faltas dos demais. Outros dados levantados pela pesquisa: o período padrão de afastamento mais recorrente é de 1 a 5 dias e o dia da semana mais faltoso foi a segunda-feira.
Segundo Luiz Spuldaro, presidente da ACIL, “… longe de colocar em dúvida a seriedade das pessoas envolvidas nesse processo, queremos que os médicos compreendam o altíssimo custo que recai sobre as empresas com o absenteísmo de seus colaboradores. Mas, não são apenas as empresas as penalizadas por esse excesso. Inúmeros benefícios previdenciários poderiam ser evitados se critérios mais rígidos fossem utilizados para a concessão dos afastamentos.”
Dentro das empresas, são inúmeras as penalizações sofridas por elas: perda de produtividade pela ausência do trabalhador, gastos adicionais para garantir a ajuda temporária ao funcionário afastado, aumento da jornada de trabalho aos outros colaboradores para suprir a falta do funcionário ausente, diminuição da produtividade dos demais empregados pelo prolongamento das jornadas de trabalho, dentre tantas outras.
O Fórum das Entidades Empresariais preocupa-se ainda com crimes cometidos por profissionais na emissão de atestados médicos. Cobrará dos órgãos competentes a apuração e punição dos profissionais que fazem de seus consultórios balcões de negócios, vendendo atestados falsos, tal qual àquele amplamente veiculado pela RBS TV recentemente.
