Cenários econômicos brasileiro e catarinense são avaliados pela FACISC

Carta de Conjuntura que serve como bússola para empresários é lançada hoje (16/12) na Capital

A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina lançou nesta terça-feira, 16/12, a primeira Carta de Conjuntura de forma inédita em Santa Catarina. A entidade que representa mais de 33 mil empresas em 220 municípios catarinenses e tem 146 associações empresariais filiadas, criou o mecanismo com o objetivo de subsidiar os empresários ligados ao Sistema FACISC na tomada de decisões e na otimização dos recursos econômicos. Para o vice-presidente da FACISC, André Gaidzinski, a FACISC criou a Carta de Conjuntura para contribuir com o aumento da qualidade dos negócios e da produtividade catarinense, por meio de informações estatísticas e análises sobre a realidade socioeconômica. “Criamos um setor de economia e estatística que irá analisar e disponibilizar o estudo aos empresários”, explica.

A FACISC mapeou as principais fontes de estatísticas e dados econômicos do Brasil (IBGE, MTE, Banco Central, MDIC, Valor Econômico), para formar uma rede com as principais fontes de dados econômicos do país, e criar banco de dados e estatísticas do Sistema associativista. Os levantamentos serão apresentados trimestralmente em uma Carta de Conjuntura, como um conjunto de soluções econômicas voltadas para os setores da indústria, comércio, prestação de serviços, agronegócio e para a sociedade por meio de seus consumidores. “Como resultado do trabalho, esperamos consolidar dados primários do Sistema FACISC, proporcionando um uso eficaz e eficiente das soluções disponíveis, contribuindo assim para maximizar os resultados, melhorar a representatividade empresarial e contribuir para o futuro das organizações e para o crescimento sustentável do Estado”, detalha Gaidzinski.

 

Dados levantados

Informações como PIB, Balança Comercial, tripé macroeconômico e mercado de trabalho nos mais diversos segmentos foram alguns dos dados analisados pelo setor de economia e estatística da Federação.

 

PIB

A participação de Santa Catarina no PIB brasileiro tem se mantido em 4 % e em torno de 24,5 % no PIB da região Sul. Segundo o IBC-SC (índice de atividade econômica que é composto por estimativas dos setores : indústria, agropecuária, comércio e serviços acrescida dos impostos sobre produtos e calculado pelo Banco Central do Brasil) o crescimento do PIB de Santa Catarina é estimado em 2,92 % (Jan-Set.2014) demonstrando um nível menor de perda de atividade econômica como ocorrido no Brasil.

 

SERVIÇOS

Na prestação de Serviços, Santa Catarina é destaque. A receita nominal com serviços apresentou 9,6% de crescimento, maior entre as regiões consideradas. Para o Brasil (6,6%), Paraná (6,6%) e Rio Grande do Sul ( 4,2%).

 

MERCADO DE TRABALHO

O saldo de vagas (admissões – desligamentos) de trabalho com carteira assinada divulgadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego é de 81.592 para Santa Catarina e 912.287 no Brasil. O estoque de emprego no estado cresceu 4,12 % superior ao Brasil ( 2,24%).

 

TRIPÉ MACROECONÔMICO

Ao analisar o Tripé Macroeconômico (Sistema de Metas de Inflação, Superávit Primário do Setor Público e Câmbio Flutuante), a FACISC concluiu que o cenário pessimista quanto aos resultados. O Superávit Primário acumulado até setembro corresponde a 0,61 % do PIB sendo que a meta para este ano era de 1,9 %. O real apresenta desvalorização de 23% em relação ao dólar, no período que se estende de janeiro de 2013 a setembro de 2014. A taxa de juros tem se tornado novamente de caráter restritivo, em menos de 2 anos ela já aumentou 4,5 pontos percentuais. Para a meta de inflação do ano que já foi ultrapassada em 1,08% até novembro, é um fator alarmante para a economia brasileira.

O vice-presidente avalia que basta definir se o Brasil está ou não passando por um momento de crise econômica. “De fato isso não é uma verdade, mas o cenário econômico que estamos presenciando e que vêm se consolidando, se não for levado com firmeza e tomadas medidas necessárias para o combate, o problema macroeconômico brasileiro poderá se agravar, estabelecer um possível cenário grave e chegar a uma crise econômica”, declara Gaidzinski.

(Assessoria de Comunicação da FACISC)

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